De Mãos Dadas

Como comecei a comentar no texto anterior, creio que os órgãos públicos devem, sim, fazer sua parte para minimizar o problema ambiental. Como vimos na matéria passada (Mudança em padrão de consumo requer parceria), o custo final de uma obra tende a aumentar em, no mínimo, 10% para construções sustentáveis.

Entretanto, vejo que há maneiras acessíveis de diminuir – ou, até mesmo, zerar – esse acréscimo. Na matéria abaixo do Valor, cujo título é Financiar a economia verde é desafio, destaca-se a frase:

“os bancos de desenvolvimento precisam lidar com diretrizes governamentais que muitas vezes privilegiam o crescimento econômico e a promoção do consumo de combustíveis fósseis, em vez da sustentabilidade dos empreendimentos.”

Portanto, notamos que não há, ainda, um caminho que propulsione a economia sustentável.

Mas como o governo pode mudar esse padrão? Através de incentivos fiscais para produtores de bens sustentáveis, seja na indústria, ou no comércio; seja no atacado, ou no varejo.

Assim, o corte no orçamento chegará ao consumidor final. O raciocínio é simples: ao escolher dois produtos de mesmo valor, quem não optaria por um de melhor qualidade e sustentável?

E repito o argumento do texto anterior para reforçar que não prejudicaria o orçamento do município, uma vez que todas as medidas que reforcem a economia sustentável geram benefícios gigantescos para a sociedade. O reaproveitamento da água da chuva diminui a necessidade de tratamento da água e auxilia no combate a enchentes; só para ficarmos em um exemplo simples.

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